Acabei de vir da conferência Linux 2006, e ganhei um bonito pinguim da Sybase.
Gostei de ver que começa a ganhar força uma cultura de software livre a nível nacional. E gostaria também de louvar a iniciativa dos organizadores de convidarem um representante da Microsoft para estar presente no debate antes do almoço. Por outro lado a Microsoft, atreves do seu representante, mostrou que não tem medo do software livre e que é possível as duas filosofias existirem em simultâneo. Foi reconhecido que este tipo de confrontos trás mais valias para o tecido empresarial português, e que é difícil ter uma afirmação a nível internacional baseada em fundamentalismos.
Ficou no entanto a desejar o número de stands presentes (cerca de 10). Faltavam lá empresas importantes como a Computer Associates, a nível internacional, e as grandes consultoras a nível nacional. Questiono-me se a Novabase e a Pararrede não têm projectos em software aberto. Se sim porque é que não tomaram a iniciativa de estar presentes? Será que não foram convidadas?
A nível académico também não vi lá nada. Será que as universidades ainda não perceberam que é imperativa a sua participação como ferramenta de apoio às iniciativas empresariais? Principalmente porque estas funcionam como um motor impulsionador deste tipo de software.
Para terminar, gostaria de salientar algo que já foi dito nos média e que voltou a ser frisado nesta conferência. Finalmente temos um plano nacional com objectivos concretos (Plano Tecnológico). Desta forma o governo comprometeu-se, e poderá ser julgado em 2010 consoante as metas sejam ou não cumpridas. Um exemplo a seguir. Até porque custa sempre ver nos média a apresentação de projectos políticos cujos objectivos não são quantificados. Sem metas definidas não se vai a lado nenhum, e aqui temos um governo a dar o exemplo. E isto aplica-se a todos nós, desde meros cidadãos a empresários com poder de decisão, passando obrigatoriamente por todos os políticos. Metam a cabeça no cepo, e não tenham medo de ser avaliados por isso. Acima de tudo, aprendam com os sucessos e principalmente com os insucessos. Para que isso seja possível é necessário quantificar a meta que separa um sucesso de um insucesso. É aqui que está muitas a lacuna, o resto é conversa fiada.
Abraços,
Gama Franco
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Acerca de mim
- Tiago Franco
- CEO, cosmopolita e com gosto pelo mercado de capitais. Sonha um dia viver em hotéis de 5 estrelas, mas ainda não descobriu como lá chegar. Tem um blogue com um 'look' giro mas comum, onde publica artigos de utilidade duvidosa.
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