Dado o estado das coisas, a oferta de acções a preço apetecível é muita. Uma dessas acções é a Pfizer, a maior farmacêutica do mundo, que acabou de dar um trambolhão de 16% após anunciar a OPA à Wyeth.
O mercado em que a Pfizer opera não está para brincadeiras. As grandes farmacêuticas têm os períodos de exclusividade dos seus medicamentos a expirar, o que está a fortalecer a concorrência do lado dos genéricos. Por outro lado, os custos de investigação de novos medicamentos aumentaram, tornando o panorama ainda mais negro. A altura é de mudança e realinhamento estratégico.
Se há coisa que não se compreende é a queda abrupta após o anuncio da OPA. Os termos em que foi proposta apontam para um preço justo e, caso se concretize, dará origem a uma forte redução de custos. Se a cotação da Pfizer já estava apetecível, em queda consecutiva à mais de dois anos, agora os indicadores fundamentais revelam uma grande oportunidade. Por exemplo, o P/E é de de aproximadamente 6, quando a média do mercado em que opera é de 10.
Em termos estratégicos não sei se a Pfizer já definiu um rumo capaz de inverter o comportamento negativo da cotação. De qualquer forma, estou certo que o número de medicamentos vendidos em todo o mundo vai continuar a aumentar por muitos mais anos, e custa-me a acreditar que a maior farmacêutica do mundo não consegue dar a volta. Na pior das hipóteses começa a atacar o mercado dos genéricos. Afinal de contas é o que a Merck já se encontra a fazer com a MyLan.
O Banco BIG analisou recentemente esta acção. No MSN Money pode-se encontrar dados detalhados da empresa, incluindo o rating SockScouter.
PS: não detenho nem vou adquirir acções da PFE em breve.
Abraços,
Tiago Franco
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Acerca de mim
- Tiago Franco
- CEO, cosmopolita e com gosto pelo mercado de capitais. Sonha um dia viver em hotéis de 5 estrelas, mas ainda não descobriu como lá chegar. Tem um blogue com um 'look' giro mas comum, onde publica artigos de utilidade duvidosa.
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